Circula nas redes sociais um vídeo em que o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cézar (MDB), aparece discursando portando uma arma de fogo. O ato está sendo considerado por grande parte da população como uma “tentativa de intimidação”.
A esposa do gestor, Karla Cavalcante (Avante), é candidata a deputada estadual. Por isso, Júlio Cézar – que é chamado de “Imperador” – estaria supostamente impondo os opções de voto para os contratados e comissionados da Prefeitura.
Em grupos de conversa na internet e nas ruas da cidade, moradores dizem que “ele [o prefeito] quer intimidar as pessoas, pois as eleições estão chegando e aí quem não votar na candidata dele…”.
Há um momento, inclusive, que é possível perceber o prefeito tocando na arma de fogo, que estava em sua cintura. Perfis de influenciadores digitais da região repercutiram o vídeo, destacando o local em que a pistola estava localizada.
Em maio de 2020, Júlio Cézar fez uma live e exibiu uma pistola importada em cima da mesa. O fato revoltou as pessoas que assistiam o prefeito através de suas redes sociais. Muitos comentários de pessoas indignadas começaram a surgir em repúdio a postura do prefeito.
Júlio Cézar é Policial Militar da reserva, e não pode portar a arma de fogo se não estiver registrada.
De acordo com a legislação em vigor, a arma de fogo a que têm direito os policiais (arts. 6° da Lei n° 10.826/2003 e 33 do Decreto n°5.123/2014) não se estende aos policiais aposentados. Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto n° 5.123/2014, que regulamentou o art. 6° da Lei n° 10.826/2003, o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados.
