Por Berg Morais
Todas as pesquisas de opinião pública realizadas mostram que, se as eleições fossem hoje, Renan Filho (MDB) seria Senador da República a partir de 2023. Este fato representaria o fim da carreira política do Senador Fernando Collor (PROS), que já anunciou que disputará a reeleição.
Caso a opinião do eleitorado alagoano não mude e isso seja apresentado através de dados reais, Collor terá como último suspiro político a disputa pelo Governo do Estado – que ainda não há nomes definidos.
Fato é que Collor não tem mais idade para tentar outros mandatos, caso seja derrotado nas eleições de 2022. Por isso, ele precisa buscar a candidatura que seja mais viável para garantir um mandato a partir de 2023. O caminho mais fácil pode ser disputar o Governo.
Como no grupo político que atualmente faz parte (JHC/Cunha) já foi anunciado que o vice-prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa (PDT), tem interesse no cargo de senador, Collor fica “solto” para buscar novos aliados. Isso por que é mais provável que JHC e Rodrigo Cunha apoiem Lessa em vez de Collor.
Já que no grupo de Renan Filho não há nomes definidos à majoritária, existe a possibilidade de Collor oferecer uma proposta tentadora: desistir da reeleição para apoiar RF ao Senado. Em troca, o ex-presidente disputaria o governo com o apoio de Calheiros.
Para consolidar o acordo, o deputado estadual Paulo Dantas (MDB) assumiria como governador-tampão e seria o vice de Collor.
Há, porém, um grande problema em meio a tudo isso. Collor apoia Bolsonaro e Renan Filho é Lula para a presidência da República. Resta saber se os interesses pessoais serão mais fortes do que o palanque para o cenário nacional.