A deputada estadual Ângela Garrote (Progressistas) usou a tribuna da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), na sessão ordinária desta terça-feira (30), para criticar as declarações do secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, ao dizer que integrantes da Casa tem “discursos vazios” sobre o aumento do preço dos combustíveis no Estado.
A fala de Garrote provocou a reação da maioria dos parlamentares presentes na sessão, que caracterizaram o posicionamento de George Santoro como “ofensivo” ao Poder Legislativo. “Quero dizer ao secretário Santoro que o lucro para o Estado em um litro de gasolina é de R$ 1,60, pois aqui nós temos a pauta mais cara, que é de 29%”. Já os donos de postos de combustíveis, que pagam uma série de tributos, o lucro é de apenas R$ 0,50”, explicou.
Garrote acrescentou ainda que Santoro deixou o ICMS do Estado do Rio de Janeiro superior a 30% e disse que não deixará que Alagoas chegue a essa situação.
O primeiro a pedir aparte foi o deputado estadual Davi Maia (DEM), que chegou a alegar que “foi uma maneira muito infantil que essa Casa foi criticada pelo secretário Santoro”. O parlamentar ainda chamou o secretário de blogueiro oficial do governo do Estado, pois “vive comemorando o aumento da arrecadação no Twitter”. “Quem é ele para criticar a Assembleia Legislativa?”, disse Maia.
Por sua vez, a deputada Jó Pereira (MDB) destacou que a postura do secretário da Fazenda de Alagoas atingiu diretamente aos integrantes da Casa de Tavares Bastos. “O discurso pode parecer vazio para quem não sabe ouvir e dialogar. Não temos discursos vazios. Vazio está o bolso do povo alagoano que sabe quanto pesa o preço do combustível”, pontuou.
Líder do Governo na ALE, o deputado Silvio Camelo enfatizou que “não é fácil no Brasil, seja para o presidente ou para os governadores, tratar sobre o assunto, porque acaba sempre o consumidor pagando a conta. Esse debate é amplo, parabenizo a deputada Ângela, mas precisamos chegar a um denominador comum”, concluiu.
Também apartearam Garrote os deputados Cabo Bebeto (PTC), Léo Loureiro (Progressistas), Inácio Loiola (PDT), Bruno Toledo (Pros), Galba Novaes (MDB) e Antônio Albuquerque (PTB). O senador Fernando Collor (Pros) estava presente na sessão ordinária durante as críticas feitas pelo parlamento ao secretário da Fazenda de Alagoas.