Por Berg Morais
O segundo turno da eleição para prefeito de Maceió tem acelerado as tratativas para o pleito de 2022 e mensurado o poder das mais importantes figuras políticas do Estado. Nessa queda de braço, o presidente da Assembleia Legislativa Estadual (ALE), Marcelo Victor, está perdendo.
A imagem de “poderoso chefão” da ALE tem desabado pelo fato de a maioria dos parlamentares não estarem seguindo a orientação do presidente em ficarem neutros nas eleições. Ele não quer que seus aliados votem ou peçam voto para Alfredo Gaspar (MDB) e JHC (PSB).
No entanto, até o momento, o único a se posicionar dessa forma foi o terceiro colocado no primeiro turno, deputado estadual Davi Davino Filho (Progressistas). Poucos dias após o resultado das urnas, ele gravou um vídeo para suas redes sociais justificando a sua decisão.
Por outro lado, diversos deputados estaduais estão criando uma espécie de força tarefa em defesa da candidatura de Alfredo Gaspar a pedido do governador Renan Filho (MDB), principal articulador político da campanha.
Até deputados do Progressistas – liderados pelo deputado federal Arthur Lira, principal adversário político da família Calheiros e aliado número 01 de Victor – estão contrariando as recomendações da legenda e anunciando apoio ao candidato do governo.
Marcelo Victor impôs derrota ao governador Renan Filho na eleição para a presidência da ALE, em 2018. Renan tentou emplacar o tio, deputado Olavo Calheiros, para a presidência. Mas foi derrotado, quase por unanimidade, por Marcelo Victor.
Marcelo Victor e Arthur Lira têm interesse mutuo no cargo de governador de Alagoas.