Por Berg Morais
O deputado estadual Davi Maia (DEM) foi praticamente massacrado por discursos acalorados de seus pares, na sessão desta quinta-feira (30), na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). Ele foi acusado de levar ao parlamento denúncias caracterizadas como falsas e acabou sendo classificado como “deputado fake denúncia”. A discussão girou em torno de acusações de Maia contra a gestão do LACEN/AL.
O deputado estadual Francisco Tenório (PMN) foi o primeiro a reagir com indignação. Ele pediu para que Davi Maia parasse de fazer o parlamento perder tempo com denúncias sem provas. “Vamos evitar esse denuncismo desnecessário, que em nada ajuda nesse momento de dificuldades que vive o estado. Não tem sentido em trazer uma discussão e fazermos perder uma sessão toda na Assembleia Legislativa debatendo querela entre funcionários de um determinado órgão”, criticou.
Tenório foi adiante, cobrou provas de Maia e atribuiu a ele o apelido de “deputado fake denúncias”. “Usou tanto o termo ‘fake denúncia’ que agora está praticando. Se tem uma máquina quebrada, qual é a empresa que não tem uma máquina quebrada? Se tem uma ambulância parada, qual é a prefeitura que não tem uma ambulância que quebra? Nós temos é que consertar para atender a população. E o deputado que traga documentos que comprovem a sua denúncia”, disparou.
O líder do governo na ALE, deputado Sílvio Camelo (PV), endossou o posicionamento de Tenório e exigiu provas documentais sobre as denúncias apresentadas por Davi Maia. “Se há duplicidade de pagamentos por esses exames de coronavírus, como denuncia o deputado Davi Maia, que ele então traga para esta Casa cópias de documentos, contratos, notas fiscais e de empenho que comprovem a sua denúncia”, reivindicou Camelo, fortalecendo a classificação de “deputado fake denúncia” atribuída ao deputado oposicionista.