O fato de os inúmeros protestos pedindo a saída de César Lira da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas chamou atenção e despertou uma série de especulações. Entre elas, um suposto acordo de bastidores que estabelece um prazo de validade para a permanência de Lira no cargo federal.
Reivindicado pelo PT de Alagoas, o cargo tem sido cobiçado por muitos aliados do principal representante do partido lulista no Estado, o deputado federal Paulão. Contudo, segundo informações obtidas nos corredores da Câmara Federal, César Lira permanece à frente do Incra por pedido do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), e com o consentimento de Paulão.
César, que é primo de Arthur, ficaria no cargo até o prazo de desincompatibilização estabelecido pela Justiça Eleitoral para quem pretende disputar o pleito de 2024. O atual titular do Incra sinaliza interesse em disputar a prefeitura do município de Maragogi.
Pouquíssimos membros da alta cúpula do PT alagoano teria conhecimento do suposto acordo entre Paulão e Lira. No entanto, permanecem em silêncio com a promessa de recompensa por parte do presidente da Câmara Federal.
