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AMEAÇA À SAÚDE – Manifestantes ignoram coronavírus e realizam ato pró-Bolsonaro

Apesar das recomendações do órgãos da Saúde para que aglomerações fossem evitadas, milhares de brasileiros foram às ruas, inclusive em Maceió

Imagem da Internet

Neste domingo (15), em várias cidades do país, inclusive Maceió, milhares de pessoas foram às ruas em favor do presidente Jair Bolsonaro e com críticas ao STF e ao Congresso Nacional. Na capital alagoana, os organizadores estimaram uma participação de cerca de cinco mil pessoas na orla marítima. As manifestações desrespeitam a orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que as pessoas evitem aglomerações em razão da pandemia de coronavírus,

Em Maceió, o ato teve concentração no Corredor Vera Arruda, na orla de Jatiúca, e seguiu, ao som principalmente do Hino Nacional, em caminhada até às imediações do Alagoinhas, na Ponta Verde. Com bandeiras do Brasil e vestindo roupas nas cores verde e amarelo, diversas pessoas usaram também máscaras de proteção – algumas customizadas com as cores da bandeira brasileira – e carregavam, além dos cartazes, frascos de álcool gel.

Boa parte do público presente na manifestação aparenta ter idades entre 45 e 70 anos. Esse é justamente o nicho que mais corre riscos de desenvolver um quadro grave de contaminação pelo coronavírus.

Em Alagoas, até o momento existe um caso confirmado de coronavírus (Covid-19) e, até a última sexta-feira, haviam dez casos em investigação. Em nota emitida neste sábado (14), a Secretaria de Estado da Saúde informou que os casos suspeitos caíram para seis.

Alguns eventos na capital alagoana já começam a ser adiados e até cancelados. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que sejam evitadas aglomerações com o objetivo de minimizar as possibilidades de contágio em massa.

Atos pelo Brasil

Também houve manifestações em outras capitais, como Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Belo Horizonte. Na semana passada, Bolsonaro chegou a pedir que os protestos fossem adiados por causa da crise do coronavírus, mas seus apoiadores insistiram em promover os atos e iniciaram um movimento nas redes sociais: #DesculpeJairMasEuVou.

Apesar dessa solicitação, o próprio presidente participou das manifestações que ocorreram em Brasília. Ele deixou o Palácio da Alvorada por volta do meio-dia e seguiu para a Esplanada dos Ministérios, de carro. Bolsonaro não desceu do automóvel presidencial e passou a ser seguido por veículos com simpatizantes. O comboio seguiu numa espécie de carreata improvisada rumo ao Estádio Nacional.

Além disso, o presidente passou a incentivar as manifestações em suas redes sociais. Ele postou imagens de atos a favor do governo em Belém, Rio, Brasília, Volta Redonda, Parnaíba (PI) e Ribeirão Preto.

Juntamente com protestos, no Rio e em Brasília foram montados postos de coleta de assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil, sigla que Bolsonaro tenta viabilizar após a saída do PSL. A coleta vem enfrentando problemas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que já informou ter detectado assinaturas de pessoas mortas.

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