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Presidente da Câmara de Palmeira faz esquema e antecipa duodécimo para pagar débitos do ano passado

Por Berg Morais

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios pode estar passando por sérios problemas de gestão financeira. O presidente da Casa, vereador Agenor Leôncio, teria permitido atos considerados como improbidade administrativa na tentativa de minimizar o imbróglio.

A antecipação do valor mensal do duodécimo que o Legislativo recebe da Prefeitura para custear as despesas da Casa de Leis foi a solução encontrada. O que causa estranheza e preocupação no trato com os recursos públicos é que este ato nunca aconteceu na história da Câmara de Vereadores de Palmeira. O pagamento é feito no dia 20 de cada mês, mas em janeiro de 2020 ocorreu no dia 10.

A manobra confirma a dificuldade que Agenor Leôncio está tendo em administrar os recursos da Casa.

Segundo uma fonte do Blog Berg Morais, a Casa não efetuou o pagamento da verba de gabinete no mês de dezembro. Somente agora, com a antecipação dos recursos, é que o pagamento que deveria ser feito no ano passado está sendo efetivado.

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A manobra realizada pelo presidente do legislativo palmeirindiense pode ser considerada improbidade administrativa, segundo um jurista consultado pelo blog. “Estão utilizando verbas públicas de forma irregular. Além disso, certamente, não havia saldo na virada do exercício. Os recursos do mês de dezembro são para pagamento de despesas do mesmo mês e não a verba de janeiro servir para pagar dezembro”, explicou o advogado que pediu para não ser identificado.

EX-PRESIDENTE FAZ DESAFIO

Ainda no mês de dezembro, o ex-presidente da Casa, vereador licenciado Júnior Miranda usou emissoras de rádio para denunciar os atos de improbidade administrativa do seu sucessor, Agenor Leôncio. “Desafio o atual presidente a ter coragem para fazer o que eu fiz: ir para a imprensa divulgar os extratos bancários da Casa”.

DENÚNCIAS GRAVES

Miranda denunciou ainda que os valores que são descontados do Imposto de Renda dos servidores não estavam sendo repassados ao órgão responsável até o mês de setembro de 2019. “Recolhia e não repassava. Onde ficou o dinheiro todo esse tempo?”, questiona o denunciante.

Ele vai mais além e afirma que o presidente Agenor Leôncio omite informações públicas. “No Portal da Transparência só consta apenas uma licitação que é de combustível. Será que uma Casa daquele tamanho fez uma única licitação durante todo o ano?”, contesta Júnior Miranda.

CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO?

Já passou da hora de o Ministério Público Estadual investigar as denúncias feitas e afastar a Mesa Diretora para que haja uma apuração rigorosa do que está acontecendo com os recursos públicos destinados à Câmara de Vereadores.

O presidente Agenor Leôncio deve explicações à sociedade. O que motivou a antecipação do duodécimo? Por que o dinheiro do imposto de renda era descontado e não repassado? Por que não tornar público os extratos bancários da Casa?

O blog tentou contato telefônico com o vereador Agenor Leôncio, mas ele não atendeu nem retornou as ligações.

berg_morais@hotmail.com

 

 

Berg Morais

Berg Morais - Jornalista, MTE - 1769/AL

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