CRIMINOSA AMBIENTAL – Empresa ignora multas e segue cometendo crimes ao meio ambiente
A Almeida Construções Ltda está desconsiderando a montanha de processos judiciais que enfrenta para continuar acumulando uma montanha de lixo e entulho em sua sede localizada em Guaxuma, bairro da capital com praias paradisíacas.
Ela, além de alvo de reclamações de moradores, que sofrem com a infestação de ratos e insetos peçonhentos invadindo as suas casas, já chegou ser autuada pelo Ministério Público, Instituto do Meio Ambiental (IMA) e até Justiça Federal.
As denúncias são praticamente as mesmas: o desrespeito com a natureza. Chega ser irônico, uma vez que no site institucional da Almeida Construções Ltda, há a informação que a empresa, colecionadora de processos, luta pela preservação do meio ambiente. Isso mesmo!
Mas, só em 2016 foram registradas duas infrações graves contra a construtora. Uma foi desmatar vegetação às margens do Rio São Francisco, no município de Piranhas, município que a reportagem voltará a citar um pouco mais para frente.
E, no mesmo ano, o IMA expediu auto de infração por lançar resíduos sólidos na Área de Preservação Permanente (APP) Borda de Tabuleiro, em Maceió. O fato rendeu multa superior a R$ 250 mil.
A construtora foi acusada de “lançar resíduos sólidos (metralha, resto de construção) em área de preservação permanente em desacordo com as exigências estabelecidas em leis e atos normativos. “Diante disto foi lavrado um auto de infraçâo e, após análise baseada no art.33 da mencionada lei, foi fixado o valor multa em r$ 257.244,42 por ser a infraçâo GRAVE”, disse o órgão fiscalizador.
Na Justiça Federal, respondeu por crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Genético. Crime semelhante está tramitando na 12ª Vara Criminal da Capital. No entanto, voltando a Piranhas, Almeida Construções também mostrou que sabe fazer política, embora corrupta.
Teve seu nome envolvido, segundo o Ministério Público, em esquema encabeçado pela ex-prefeita de Piranhas e atual secretária de Estado de Cultura, Mellina Freitas. O escândalo envolve manipulação de licitações nas quais Mellina teria conseguido desviar cerca de R$ 16 milhões.
Ela também está fazendo o descarte de metralha das demolições no Pinheiro a mando da Braskem, o que pode aumentar o acúmulo de lixo em Guaxuma.
Fundada pelos sócios Omar e Inês Almeida em 1983 na cidade de Maceió, a construtora realiza serviços de infraestrutura (terraplenagem, escavação de subsolos, drenagem, pavimentação e expurgo de resíduos da construção civil), locação de equipamentos e consultoria técnica.
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