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NÃO PODEM RELAXAR – Quatro capitais ficam em situação crítica sem o isolamento, avalia Ministério da Saúde

Manaus, Fortaleza, SP e RJ devem seguir com medidas de segurança contra o coronavírus

João Gabbardo dos Reis, secretário executivo do Ministério da Saúde. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades que não podem relaxar medidas de isolamento social, devido ao número de casos da covid-19 e a capacidade de atendimento dos hospitais. A avaliação é dos secretários executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, e de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, em entrevista coletiva hoje (11) para apresentar o Boletim Epidemiológico Diário.

Em todo o país, até este sábado foram registradas 1.124 mortes em decorrência do novo coronavírus (covid-19) e 20.727 casos confirmados da doença. O estado de São Paulo concentra o maior número de casos (8.419) e de mortes (560). No Amazonas, há 1.050 casos e 53 mortes. No Ceará, são 1.582 infectados e 67 óbitos. No Rio de Janeiro, há 2.607 casos confirmados e 155 mortes.

Segundo Wanderson, é preciso manter o isolamento social para que não seja necessária medida mais drástica, como o bloqueio total (lockdown, em inglês). Ele destacou que o bloqueio total é “uma medida muito amarga que traz impactos econômicos bastante expressivos” e a expectativa é que isso não seja necessário no Brasil. “Para isso é fundamental que o distanciamento social não seja relaxado, especialmente em Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo”, disse Wanderson.

Wanderson Kleber de Oliveira e João Gabbardo dos Reis, durante a divulgação do boletim técnico do Ministério da Saúde. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Gabbardo disse que Manaus está chegando quase à capacidade máxima de atendimento dos hospitais. “Se não tomarmos uma medida, o número de casos vai ultrapassar a nossa capacidade de atendimento. As pessoas poderão ficar desassistidas”, disse. Por isso, ele informou que foi liberado recursos para a construção de um hospital de campanha para atender a população indígena e haverá aumento de 350 leitos no hospital de referência para a covid-19 na cidade. Segundo Gabbardo já foram enviados 20 respiradores e outros 20 ainda serão enviados. Outra medida será o reforço da equipe de médicos intensivistas.

Gabbardo disse que o Amazonas será o primeiro estado a receber apoio do programa Conta Comigo, em que profissionais de saúde se cadastraram para atender à população. “A parir de 13 de abril, vamos convocar profissionais para atuar em Manaus”. De acordo com ele, Fortaleza provavelmente será a segunda cidade ter profissionais cadastrados convocados para atuar no enfrentamento da covid-19.

Em São Paulo, Wanderson disse que o distanciamento social ainda está abaixo do necessário. “A gente enxerga isso como potencial acelerador do número de casos”, afirmou.

Equipamentos

Gabbardo afirmou que 60 respiradores que seriam importados foram retidos pela Receita Federal e distribuídos para estados com situação “mais crítica”: 30 para o Ceará, 20 para Amazonas e 10 para o Amapá. “Foram somados a 260 respiradores já instalados nos hospitais”, disse. Outros 150 respiradores estão sendo encaminhados para as unidades de atendimento.

Ele acrescentou que outros 15 mil respiradores serão entregues por empresas brasileiras, mas ainda existe a possibilidade de importação. “Nosso plano B é a produção nacional tanto de máscaras quanto de respiradores. Não significa que ainda não vamos tentar o mercado internacional ou mercado chinês porque algumas operações estão dando certo”, disse Gabbardo.

O secretário Executivo informou que 240 milhões de máscaras vão ser trazidas para o Brasil em 20 aviões. Gabbardo acrescentou que a distribuição de equipamentos não será feita de forma aleatória, mas conforme a necessidade de cada cidade.

Agência Brasil

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