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ELEIÇÕES 2020 – Ministro da Saúde sugere adiamento e presidente da Câmara diz que não é a hora

“Eleição no meio do ano vai ser uma tragédia. Vai todo mundo querer fazer ação política”, disse Mandetta

Foto: Isac Nobrega/Presidência

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou o adiamento das eleições deste ano, durante uma teleconferência com prefeitos neste domingo (22). De acordo com o ministro, esse é o momento de o Congresso Nacional tratar o assunto para que as disputas políticas não interfiram no enfrentamento à crise do novo coronavírus.

O tema foi levantado em meio à resposta ao questionamento do prefeito de Belém-PA, Zenaldo Coutinho (PSDB) a respeito da liberação dos recursos que estariam sendo represados pelo governador do Estado, Helder Barbalho (MDB).

“Estou alertando que todos vocês precisam, com todas as diferenças políticas, se entender. Aliás, eu faço aqui até uma sugestão para vocês discutirem. Está na hora de o Congresso olhar e falar: ‘olha, adia [as eleições]’. Faça um mandato tampão desses vereadores e prefeitos. Eleição no meio do ano vai ser uma tragédia. Vai todo mundo querer fazer ação política. Eu sou político. Não esqueçam disso”, respondeu Mandetta.

Conforme o calendário eleitoral, 15 de agosto é o último dia para os partidos políticos e as coligações apresentarem à Justiça o requerimento de registro de seus candidatos.

Maia é contra

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou, neste domingo, que não é hora de discutir um eventual adiamento das eleições, mas enalteceu o trabalho do ministro da Saúde. “Eleições começam dia 15 de agosto. Vamos focar agora no tema da saúde. Aliás, área em que o Mandetta vai muito bem. Na hora correta vamos cuidar da eleição”, disse Maia.

Na última quinta-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a partir de maio, informou que não está considerando o adiamento as eleições municipais. Ele acredita que, até a data das votações, marcadas para outubro, a situação de pandemia por coronavírus no país já estará normalizada.

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