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CURADA DA COVID-19! Alagoana relata experiência com a doença

Ana Patrícia Moura (Imagem cedida a um portal de notícias)

Longe de sua casa em Maceió, a bancária Ana Patricia Bezerra Moura, de 43 anos, está há 30 dias, depois de ter sido diagnosticada com a covid-19, no início deste mês. Ela foi diagnosticada com o vírus em São Paulo, e preferiu não continuar com a conexão para o Aeropoto Zumbi dos Palmares, na capital alagoana.

Ana e o marido passaram o carnaval na Itália e voltaram ao Brasil no dia 02 de março. A bancária relata o que viu e sentiu na Itália.

“A gente percebia que os italianos estavam desmerecendo o vírus. Ainda no início do mês a situação não era como essa de agora. Mas eles não estavam dando valor ao que estava acontecendo. Tinha gente tossindo na rua e nós, turistas, usando máscaras, mas eles não, pelo contrário, ficavam até chateados, olhando de cara feia porque a gente estava de máscara”, relatou a alagoana.

“No vôo de volta para o Brasil tinha muita gente doente. Visivelmente doente, tossindo… e quando aterrisamos não teve nenhum tipo de inspeção, nada. No desembarque eu comecei a me sentir muito mal e fiquei com medo. Resolvi ligar para o meu irmão, que mora aqui em São Paulo e fui, por conta própria, procurar atendimento médico e fazer o exame para saber se estava ou não com o coronavírus”, disse.

A bancária conta que pagou R$ 1.200,00 pelo exame particular e recebeu o resultado positivo para a covid-19 dois dias depois. O irmão saiu do próprio apartamento, para deixá-la cumprir com o isolamento total. O marido não apresentou sintomas e voltou para Maceió para ficar com os filhos. Mesmo assim, ele buscou permanecer em quarentena como medida de segurança.

“O meu médico infectologista disse pra eu permanecer em isolamento e, no caso de qualquer agravamento de sintomas eu o comunicasse. Cinco dias depois de chegar de viagem, comecei a sentir falta de ar e liguei pro médico. Ele mandou eu ir ao hospital imediatamente. Fui parar na UTI, com uma pneumonia como agravante. Passei 10 dias internada”, lembra Ana Patrícia.

A alagoana ainda contou que o caso dela foi um dos primeiros a ser atendido no hospital da capital paulista. “A equipe que estava cuidando de mim sempre usava luvas, máscaras, gorros. Todo o cuidado possível. Não tem como deixar de se sentir um leproso. O coronavírus não é uma brincadeira”, enfatizou Ana Patrícia.

 “O que mais dói é a saudade dos meus filhos. Eu tive muita preocupação de ficar em São Paulo para preservá-los e mesmo assim minha família ainda foi vítima de muita maldade, das pessoas dizendo que meus filhos estavam infectados. Chegaram a ir nas minhas redes sociais e tirar ‘print’ de fotos nossas  para espalhar fake news, nos expondo. Isso me abalou e acabou baixando ainda mais a minha imunidade”, disse, emocionada.

Segundo teste

Depois que recebeu alta, Ana voltou para o apartamento do irmão, em São Paulo mesmo, e permanece longe da casa e dos três filhos. Ela voltou a fazer os testes para coronavírus e, esta semana, recebeu o resultado negativo para o covid-19.

De acordo com o relato dela, o médico infectologista de São Paulo, David Uip, disse que a alagoana agora está imune ao coronavírus, pelo menos nesse surto. Ela só poderia vir a contrair novamente a doença caso o vírus sofra algum tipo de mutação.

Mas ela ainda não tem motivos para comemorar. Isso porque mesmo depois de estar imune ao coronavírus, a pneumonia ainda persiste e ela continua fazendo o tratamento em São Paulo, sem previsão de voltar pra Maceió.

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