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Conoravírus e a economia: mais falidos do que falecidos

O novo coronavírus causou pelo menos 7.007 mortes em todo o mundo desde que apareceu em dezembro, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP com base em fontes oficiais, nesta segunda-feira às 17h.

Porém, no saldo final, parece que haverá mais falidos ao redor do mundo do que falecidos. O coronavírus fez as Bolsas despencarem nas últimas semanas deixando a economia mundial num terreno cheio de incertezas.

Somado ao coronavírus, o desentendimento entre Arábia Saudita e Rússia quanto aos preços do petróleo fez o valor do óleo despencar no mercado internacional, tornando o cenário mais complexo.

A consultoria norte-americana McKinsey & Company divulgou um estudo em que projeta três possíveis cenários para a economia mundial após a pandemia de coronavírus.

1. Cenário de recuperação rápida

No primeiro deles, a baixa taxa de mortalidade entre a população ativa no mercado de trabalho, combinada a uma resposta rápida dos mecanismos de saúde pública, faria com que o período de shutdown da economia tivesse duração limitada.

O relatório aponta que, nesse cenário, a redução na demanda do consumidor ocorreria, mas de forma “localizada e restrita em termos de duração”. O cenário conta, ainda, com a hipótese de que o vírus é sazonal – o que faria com que seu comportamento fosse distinto nas diferentes regiões do mundo.

Com isso, a expectativa de crescimento do PIB mundial cairia de 2,5% para 2%.
2. Cenário de desaceleração global
No segundo cenário, os países teriam dificuldade em replicar medidas severas de saúde pública, o que contribuiria para o crescimento do número de casos de forma contínua.

Apesar disso, diz o texto da consultoria, medidas para controlar a crise estariam funcionando para conter os efeitos socioeconômicos da pandemia, mesmo que alguns setores (como aviação e saúde) fossem profundamente afetados.

Nesse contexto, a economia se recuperaria no final do segundo trimestre, o que levaria o PIB mundial a ter crescimento entre 1% e 1,5% em 2020.
3. Cenário de pandemia global
Por fim, no pior cenário projetado pela consultoria, o novo coronavírus teria impacto em todo o mundo, já que a hipótese é de que o vírus não seria sazonal. Com isso, a pandemia não perderia força mesmo com o início da primavera no hemisfério norte, e casos começariam a ressurgir na China. Assim, a economia mundial experimentaria um choque de demanda ao longo de praticamente todo o ano.

Alguns sistemas de saúde, nesse cenário, ficariam sobrecarregados diante da escala dos impactos. Isso resultaria em um quadro de recessão, com a variação do PIB mundial ficando entre queda de 1,5% e crescimento de 0,5%.

Desde a depressão dos anos 1930, a economia mundial encolheu apenas uma vez – em 2009, em meio à crise financeira, a geração global de riquezas caiu 1,7%.

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