Por Berg Morais
“Faltou, na minha opinião, ser homem de falar o nome. Aqui, todas as minhas acusações, serão diretamente a pessoa Júlio Cézar. Vou ser direto. Sou homem”. A frase é do engenheiro civil Fernando Tavares, em entrevista ao radialista Alves Correia, da Gazeta FM, de Arapiraca, na manhã desta sexta-feira (14).
Nandinho do “Palmeira Ingrata”, como é conhecido, teve que ir a uma emissora de Arapiraca para poder se defender do prefeito de Palmeira dos Índios, que fez graves acusações contra sua pessoa.
Inicialmente, o entrevistado relatou a experiência em morar fora do país e revelou que nunca teve vergonha de trabalhar. “Quando morei na Austrália, fui pião de obra, camareiro, limpei casa, fiz de tudo, mas com muito orgulho”, enfatizou.
Em seguida, quando questionado sobre o motivo das acusações feitas pelo prefeito à sua pessoa, ele não titubeou. “Em algumas áreas que fui alocado para trabalhar, como na Controladoria, tive que analisar vários processos, os trâmites diretos, algumas formas que eram certas ou não pagar, algo que foi ou não executado”, revelou.
Alves Correia perguntou se o engenheiro encontrou alguma coisa de errada. “Na minha vida sempre tive muita ética, então, em tudo que eu trabalhei. Mas tenho um papel aqui que não vou mostrar agora. Pode dar problema. Se ele souber, ele fica com medo. O que faltou no prefeito foi ética. Que é o que eu tenho”, explicou.
Para ele, a gestão de Júlio Cézar ainda não começou e o prefeito vive no “Fantástico Mundo de Bob”, em alusão a um desenho animado em que o personagem vive num mundo de ilusões.
Fernando Tavares atribuiu à administração do ex-prefeito James Ribeiro as obras que estão em andamento no município. “As UBS, entre tantas outras, são uma continuidade da gestão do James”, garantiu.
Segundo ele, o maior problema do prefeito é acreditar em fofoca de seus assessores. “Ele está emprenhando pelos ouvidos por causa dos chumbetas”, atestou.
Por fim, o engenheiro Fernando Tavares disse que não se sente intimidado, mas que irá acionar a Justiça pedindo reparação por danos morais.
“Para toda ação existe uma reação. Mas o que quero mesmo é dormir e acordar tranquilo, trabalhando nas duas prefeituras que tenho, na fazenda do meu pai com gado de leite, e com divulgação no Palmeira Ingrata. Caso ganhe a causa na Justiça, irei doar o valor para algumas instituições de caridade de Palmeira”, concluiu.