Por Berg Morais
Já é a terceira vez que o presidente da Câmara Municipal de Palmeira dos Índios, vereador Agenor Leôncio (PSB), tenta reunir seus pares para realizar uma sessão extraordinária e não consegue. Ele convocou os parlamentares para às 10h desta sexta-feira (07), mas não obteve quórum.
A sessão foi aberta em horário regimental com a presença de sete parlamentares e suspensa logo em seguida, por tempo indeterminado, até que apareçam mais vereadores. O Blog Berg Morais obteve a informação de que o prefeito Júlio Cézar está ligando pessoalmente para que os edis compareçam a sede do legislativo.
Agenor Leôncio insiste em aprovar um Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, que dá ao Prefeito “carta branca” para tratar os recursos públicos do município. O PL PM 003/2020 autoriza o gestor a utilizar o orçamento como ele bem entender, sem avaliação e autorização prévia do Poder Legislativo.
Praticamente, o vereador Agenor Leôncio está abrindo mão de uma das principais prerrogativas que o Poder Legislativo tem.
Além do presidente da Mesa Diretora, os vereadores Dindor, Cristiano Ramos, Fábio Targino, Pedrinho Gaia, Val Enfermeiro e Abraão do BMG estiveram presentes na Casa de Leis com o intuito de aprovar a “Lei do Cheque em Branco”.
Mas o que levou esses vereadores a abrirem mão de um dos seus mais importantes papéis naquela Casa? Isso eles têm a obrigação de responder à população!
Mais uma vez, o prefeito e o presidente da Câmara não conseguiram a aprovação do PL porque, segundo o regimento interno da Casa, são necessários 10 vereadores para a apreciação, votação e aprovação da matéria.
Agenor Leoncio só não percebeu ainda – talvez por falta de uma assessoria competente – que está se desgastando demais, não só com seus colegas, mas com toda a população.
Até o fechamento dessa matéria (12:45), a informação é de que os vereadores permanecem aguardando algum comando do prefeito, já que o presidente da Casa perdeu as rédeas da situação.
Por fim, uma reflexão: se os vereadores que votam pela aprovação desse Projeto de Lei estão abrindo mão de suas funções, não há necessidade em tê-los como representantes do povo e, muito menos, serem reeleitos.